Vinyl Altar: nova loja nos EUA vende apenas vinil de metal extremo

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O site da revista especializada em Metal Extremo DECIBEL publicou essa semana uma entrevista com Christopher Mazeika, proprietário da mais nova loja de música extrema – somente em vinil – a VINYL ALTAR, localizada na Filadélfia.

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A abordagem da revista remete a vida de Mazeika à do clássico da literatura [também adaptado ao cinema] “Alta Fidelidade”, ao que Mazeika responde:

“Alta Fidelidade é tão somente um filme. Eu nunca vivi aquela idiotice musical elitista em uma loja de verdade. Se algum lugar no qual eu comprasse fosse daquele jeito, eu não os apoiaria. Somos gente de verdade. A Vinyl Altar é pra valer. A música é minha religião e minha igreja. O culto é do meio-dia até as 8, todo dia. Venha louvar conosco!”

Mais alguns trechos traduzidos da conversa seguem abaixo.

Se a Vinyl Altar tivesse uma missão, qual seria ela?

A missão da Vinyl Altar seria ser tanto um lugar para comprar Heavy Metal em vinil e um destino de congregação para os fãs desse tipo de música. Nós vendemos primordialmente Metal e gêneros afins em vinil, mas também vendemos livros, DVDs, pôsteres, patches e outras mercadorias relacionadas. Até temos alguns CDs, mas ter mais em estoque é uma conversa ainda em andamento. Eu sempre odiei entrar em uma loja e ser informado que ou eles não possuem nada dos artistas que eu estou procurando ou, caso tenham, eles estão entulhados na seção de rock. Eu acho que é quase pior quando eles dizem que têm uma seção de metal e são 10 LPs escondidos e um terço deles, tecnicamente, nem deveria estar ali. Eu espero que as pessoas venham aqui para comprar a música que gostam por causa de nosso catálogo maravilhoso e porque elas se deem conta de que sou um verdadeiro fã de Metal assim como elas. Eu tentei criar uma loja e um ambiente no qual eu adoraria comprar. Quando as pessoas chegam aqui pela primeira vez e me dizem que sempre sonharam em acha ruma loja como essa, é aí que eu sinto que fiz a escolha certa.

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Como estão os negócios até agora?

 

Os negócios andam razoáveis, se tanto. Ainda estamos penando todo mês para pagar o aluguel e ter algo sobrando para encomendar mais discos, mas eu não estou reclamando. A maioria das lojas rala muito em seu primeiro ano e não somos nenhuma exceção. O lado bom é que tivemos muita resposta positiva à nossa inauguração e empresas locais do mesmo setor como a Decibel e a Season of Mist têm feito tudo a seu alcance para ajudar a impulsionar nossa loja e mostrar seu orgulho por ser da Filadélfia. Estamos aqui para ficar muito tempo, então eu não vou sair daqui sem lutar muito antes.

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Quais são os aspectos mais e menos recompensadores de se administrar uma loja de discos?

 

A melhor parte é se relacionar com as pessoas que são tão apaixonadas por música quanto eu. Isso inclui todo mundo das bandas e músicos que eu conheço, seja na loja, ou em um show, até os fãs que possam estar procurando por aquele disco com aquela música que mudou a vida deles. O pior é tentar pagar minhas contas em dia e ainda ter um mínimo de verba que seja para comprar produtos novos. Há alguns colecionadores esnobes, mas esses são fáceis de se lidar em comparação com a receita fiscal. É quase impossível ter todos os títulos em estoque o tempo todo, então ver um cliente em potencial ir embora porque eu não tinha aquele título em particular e eles não aceitarem nenhum outro dói tanto monetariamente quanto espiritualmente.

 

 

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