Jason Bonham: ‘Meu sonho é solar com o holograma do meu pai’

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JOHN PARKS do site LEGENDARY ROCK INTERVIEWS conduziu recentemente uma entrevista com JASON BONHAM, filho do lendário baterista do LED ZEPPELIN, JOHN BONHAM. O que segue abaixo são trechos traduzidos da conversa.

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LRI: Você já disse antes que sua atual banda com a qual excursiona, a JASON BONHAM’S LED ZEPPELIN EXPERIENCE, foi inspirada em parte pelo show do LED ZEPPELIN na O2 Arena. Como?

Jason: Foi, mas também houve uma quantidade considerável de tempo entre a data real do show, que ocorreu em 2007, e o lançamento do CD/DVD ‘Celebration Day’ no fim do ano passado, durante a qual eu pensei muito. Eu comecei realmente a pensar nisso, mas estava dividido. No começo, eu achava que eu deixaria esse lance de tocar aquelas músicas com aqueles caras só nisso e fiquei muito preocupado com o que as pessoas achariam – não os críticos, mas os fãs em geral. Eu pensei demais nisso, e levou alguns anos até que eu colocasse a coisa na estrada e ela fosse bem recebida. Daí quando o DVD de ‘Celebration Day’ foi finalmente lançado, eu nunca teria imaginado que eu ainda estaria tocando aquele material e fazendo os shows, mas ainda vai muito bem. Eu acho que o DVD de ‘Celebration Day’ ajudou, contudo, que as pessoas me vissem tocando com John Paul Jones, Jimmy Page e Robert Plant. Com certeza me ajudou com a quantidade de pessoas em meus shows. Eu acho que se você era cético antes, eu me sinto confiante que o meu desempenho naquele show foi o meu melhor naquela época. Eu acho que minhas apresentações com o LED ZEPPELIN melhoraram a cada show e eu penso que nossos shows como LED ZEPPELIN EXPERIENCE também melhoraram a cada show. Quanto mais relaxados estamos pra tocar, melhor fica o resultado do som.

LRI: Rola muita coisa visualmente falando nesses shows. Eu não quero estragar a surpresa, mas o quão divertido é pra você trabalhar com os elementos do show da turnê do LED ZEPPELIN EXPERIENCE?

Jason: Tem sido divertido, e é importante que eu tenha algo além da música; esse era o objetivo. Quando começamos com isso, eu estava trabalhando com algumas das pessoas por detrás das maiores bandas tributo do mundo, como THE PINK FLOYD EXPERIENCE, THE BEATLES, e agora estou fazendo isso também. É imperativo que eu continue a conceber os melhores shows e eleve o padrão deles. Eu ando conversando com algumas pessoas sobre hologramas, e meu sonho é fazer o holograma do solo de bateria com meu pai do meu lado.

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LRI: Puta que o pariu.

Jason: [risos] Sim, então… esse é meu objetivo, meu sonho e só estamos tentando bolar tudo que podemos fazer com esse show. Há tantas outras coisas que eu adoraria fazer, mas claro, eu estou preso às imagens que tenho e à qualidade das imagens. Esses caras trabalhavam nos anos setenta, e não é como tudo hoje em dia, onde todo mundo pode gravar tudo com um telefone ou uma câmera digital. Naquele tempo, se você tinha uma câmera que pudesse gravar em vídeo, você estava bem, e pra você poder ser proficiente o suficiente para editar ou trabalhar com vídeo ou processá-lo e então lançá-lo, isso era outra questão totalmente diferente. Não era algo tão instantâneo como é hoje [risos]. Eu estou tentando trabalhar com o material limitado que eu tenho montá-lo de modo que funcione e tenha uma proposta. Eu não queria subir no palco e tocar músicas do LED ZEPPELIN; tinha que ser mais do que isso. Eu queria criar uma experiência completa do que o LED ZEPPELIN significa pra mim, crescer em torno deles e ser parte disso em minha vida. Acredite, isso também pode ser um entrave, mas na maior parte do tempo é um prazer, e além do mais, tocar a música deles e dar esse show, pura e simplesmente, tem sido um prazer. É com certeza bem menos estressante pra mim, porque eu estou bem menos crítico em relação a essa música, do que eu sou quando estou compondo ou gravando material novo para mim mesmo, da minha banda. Eu sou notoriamente auto-depreciativo quando o assunto é trabalhar em material novo e enquanto eu sou bastante crítico em relação à minha performance do material do LED ZEPPELIN, eu sou bem mais crítico quando ao meu próprio lance. Eu sou muito duro comigo mesmo. […]

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