Machine Head: a tarefa inglória de abrir pro Slayer

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Tendo sido o frontman do MACHINE HEAD pelos últimos 20 anos, ROBB FLYNN sabe muito sobre presença de palco e controle da plateia. Em entrevista a AUSTIN DICKINSON [RISE TO REMAINS] a pedido da edição britânica da METAL HAMMER, ele falou sobre uma das mais inglórias tarefas para uma banda: abrir para o SLAYER.

Austin Dickinson: Quando vocês começaram, vocês passaram por algum perrengue que ajudou você a ser um frontman melhor?

Robb Flynn:Ah sim! Eu abri para o SLAYER por cinco meses quando era basicamente comum ser expulso do palco pelos fãs deles. Teve muitas noites onde saímos do palco com o público gritando ‘SLAY-ER! SLAY-ER!’. Eu me lembro de que em Chicago, nós entramos no palco e toda a primeira fila – centenas de pessoas – estava hostilizando a gente. Pensamos, ’Puta merda! Tudo bem, essa vai ser difícil’. Quando começamos, estávamos abrindo para um monte de bandas de punk rock; fazíamos shows com o RANCID. A primeira turnê que fizemos foi com o NAPALM DEATH e OBITUARY e ninguém sabia o que pensar daquilo. Fazia você lutar com mais vontade, fazia você querer mais. Fazia você querer provar a eles que você era bom. Depois te um tempo, a gente já entrava cismado, tipo, ‘Vão se fuder, vamos provar a vocês que a gente bota pra fuder’, e isso nos treinou. Em 1994, eu não acho que havia um público mais difícil que o do Slayer. Era brutal. O louco era que depois que você os ganhava, se rolasse nas duas ou três primeiras músicas, eles ficavam na sua mão, e você na deles. Eles pegavam toda aquela raiva e ódio e energia e a transformavam em um baita mosh pit, então isso sempre foi positivo.”

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